Luar de Jezabel mostra um soldado nas trincheiras da Revolução Paulista de 1932, que para sobreviver, invoca a mais sinistra personagem bíblica, a rainha dos cães - Jezabel.
O Link:
http://www.youtube.com/watch?v=YILJLM6oLJE
Uma singela homenagem aos paulistas
(único estado que comemora a data),
embora a elite tenha liderado,
A Revoluçao de 1932 foi o movimento de maior mobilização de massa em nossa história e predominantemente popular, até mesmo as pessoas mais simples doavam seus objetos de valor e principalmente ouro para financiar a guerra,
recebendo em troca um anel de ferro
simbolizando a participação na Revolução de 32,que lutava pela nova Constituição.
Na minha 4ª série primária, em plena ditadura, participei de um concurso sobre a Revoluçao de 32 e a vida de Getúlio Vargas; Na época, decorei tantas coisas que não via importância, mas trago na memória um Poema “Nossa Bandeira”, de Guilherme de Almeida que reproduzo abaixo:
O trecho grifado é a qual lembro e declamo a meu filho e meu marido em todo 09 de Julho.
Bandeira da minha terra,bandeira das treze listas!
São treze lanças de guerra cercando o chão dos paulistas!
Prece alternada, responso entre a cor branca e a cor preta:
velas de Martim Afonso,sotaina do padre Anchieta!
Bandeira de Bandeirantes,branca e rota de tal sorte
que entre os rasgões tremulantes mostrou as sombras da morte.
Riscos negros sobre a prata:são como o rastro sombrio
que na água deixava a chatadas Monções subindo o rio...
Página branca pautada por Deus numa hora suprema
para que um dia uma espada sobre ela escrevesse um poema:
o poema do nosso orgulho- eu vibro quando me lembro!
–que vai de nove de julho a vinte e oito de setembro!
Mapa de pátria guerreira traçado pela Vitória:
cada lista é uma trincheira, cada trincheira, uma glória!
Tiras retas, firmes: quando o inimigo surge à frente,
são barras de aço guardando nossa terra e nossa gente.
São os dois rápidos brilhos do trem-de-ferro que passa:
faixa negra dos seus trilhos,faixa branca da fumaça...
Fuligem das oficinas,cal que as cidades empoa!
Fumo negro das usinas estirado na garoa!
Linhas que avançam: há nelas,correndo num mesmo fito,
o impulso das paralelas que procuram o infinito.
É desfile de operários... É o cafezal alinhado...
São filas de voluntários...São sulcos do nosso arado...
Bandeira que é o nosso espelho! Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho, o coração do Paulista!