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domingo, 22 de janeiro de 2012

Estupro da inteligência

Enquanto o ano começa abarrotado de obrigações irrevogáveis e intransferíveis ( IPTU, IPVA, taxa de matrícula da escola, lista de material escolar...) A Tv brasileira nos brinda com mais uma edição do Big Brother Brasil, que insiste, ano após ano “estuprar” nossa inteligência.
Gente bonita, saídas de fotos de revistas, dirigidas como ratinhos de laboratório, não cansam de discorrer sobre a dificuldade da clausura, numa casa com piscina, alimentação balanceada, sala de ginástica, festas e bebidas a vontade...
E o telespectador, que segundo a emissora, é quem escolhe quem fica e quem sai da brincadeira, não tem a menor possibilidade de garantir o mínimo do nível do programa.
Sabemos que quem dita as regras é a “liberdade da empresa”, principalmente, a que insere altas cifras em publicidade.
E toda a polêmica sobre o suposto crime sexual ocorrido, não transcorre sobre a violência, ou a responsabilidade da emissora transmitir ao vivo o fato, e sim, dos patrocinadores romperem os contratos milionários.
E na vida real, as chuvas continuam destruindo as cidades no verão, as verbas para desastres naturais desaparecem em Pernambuco, sendo que o Ministério da Integração Nacional destinou 90% de recursos somente para este estado; A novela “Cracolândia” em São Paulo, continua há 2 semanas prendendo os traficantes, e os viciados migrando para a periferia,  Vinte pessoas continuam desaparecidas vítimas do naufrágio do Cruzeiro Italiano Costa Concordia na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na Toscana.

domingo, 15 de janeiro de 2012

LEI - Filhos de políticos em escolas públicas


O Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) insiste em discutir no Senado projeto de lei de sua autoria — engavetado há quase quatro anos – que obriga filhos de parlamentares, prefeitos e governadores a estudar em escola pública.
Em 40 ou 50 anos, desde que a população pobre migrou à cidade e colocou seus filhos na escola pública, os ricos, inclusive parlamentares, mudaram para escolas privadas. 
A partir daí, a escola pública foi abandonada, entregue aos municípios. Em pouco tempo, consolidou-se a idéia de que a "apartação" era legítima: Ricos que podem pagar, têm direito a escola particular de qualidade; pobres, ficam em escolas ruins, precárias, sem equipamentos, com professores mal pagos e desestimulados.
Essa Lei, vem para finalmente sacramentar a democracia social, ainda incompleta no Brasil, e comemorar os 122 anos de República no Brasil; Não é uma República plena aquela que tem uma escola para eleitos, diferente da escola de seus eleitores.
Apesar de defender a causa, O "idealista"  Senador Cristovam reconhece que nenhuma de suas duas filhas frequentaram a rede pública de ensino. O que significa isso para a educação pública? Um novo olhar para velhos problemas que podem e devem ser solucionados, uma vez que os "filhos de quem interessa" estará sendo beneficiado. E viva da democracia!!!