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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Massacre em Realengo: Os 13 anjos

O grande massacre ocorrido em Realengo (07/04/2011) nos mostrou as conseqüências e efeitos do mundo globalizado. A globalização também nos trouxe as barbáries que assolam o mundo, para dentro do nosso quintal.

Não é de se estranhar que toda a população em choque tente entender as motivações do crime. Que psicólogos e psiquiatras trace perfil piscológico do autor para tentar entender o que pra nós não tem a menor explicação: 13 crianças assassinadas, sem a menor chance de defesa ou motivo aparente.

As discussões vão se estender durante muito tempo sobre esse caso, mas o que me preocupa, e a muitos pais que hoje temem mandar seus filhos pra escola, com um aperto no peito e uma angustia velada.

A escola, lugar de aprendizagem, de cultura, de crescimento intelectual e da formação de cidadania há tempos se tornou um lugar insalubre. A violência invadiu o espaço de crianças que são expostas diariamente a sociedade deturpada por valores questionáveis.

A escola pública, principalmente as localizadas nas periferias são cenários de inúmeros episódios de tiroteios, venda de droga, e não menos grave de violência física, verbal, discriminação e boicote intelectual.

A secretaria da Educação “camufla” projetos que se dizem complementar, mas não dão o real suporte para o verdadeiro aprendizado. Propostas idealizadas de educação, onde não têm espaço físico para sua realização e principalmente, profissionais capacitados e motivados para aplicação desses projetos.

Pode ser um caso isolado e esperamos que nunca mais se repita.

Mas cabe a nós educadores e sociedade, repensar nossa postura perante esses acontecimentos e nossa verdadeira responsabilidade no futuro de nossas crianças.

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