" ...Sou um romancista, um contador de histórias, cuja modesta cultura literária foi adquirida num convívio arrebatado com os livros de ficção, a Poesia e o Teatro"...
Esse foi o discurso de posse do Romancista e Acadêmico João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro, ocupante da 34º cadeira da Academia Brasileira de Letras, que Aos 73 anos de idade, com uma modéstia que somente os grandes possuem, deixa esse mundo alastrando saudade e a certeza de que não poderá ser substituído.
Seu legado com mais de vinte obras no decorrer desses anos, entre romances, crônicas, ensaios. literatura infanto juvenil e ainda contribuição na televisão e cinema, é o que realmente o tornou imortalizado em nossa literatura e cultura
No romance Sargendo Getulio, ganhador do prêmio Jabuti de 1972 como autor revelação, essa mesma crítica consagra o livro como o que contém de melhor de Gaciliano Ramos e Guimarães Rosa.
Seu primeiro livro, Setembro Não Tem Sentido, foi lançado em 1968. O segundo veio em 1971, o clássico Sargento Getúlio, considerado um marco do romance moderno brasileiro, que trata do universo nordestino, em especial dos sergipanos. Em seguida lançou Vila Real (1979) e Viva o Povo Brasileiro (1984).
Entre suas obras mais famosas está também A Casa dos Budas Ditosos (1999), que se tornou um sucesso no teatro em formato de monólogo com a atriz Fernanda Torres, na pele de uma senhora de 68 anos que narra, sem pudores, suas peripécias sexuais. O último romance de Ubaldo foi O Albatroz Azul, lançado pela editora Nova Fronteira em 2009.
Além dos dois Jabutis, Ubaldo venceu em 2008 o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. Fora do Brasil, foi laureado na Alemanha e na Suíça. Seus livros foram traduzidos em doze línguas, como o inglês, espanhol, finlandês, francês, hebraico e italiano.
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