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terça-feira, 25 de maio de 2010

Biblioteca na Escola agora é Lei

O Diário Oficial da União publicou na edição desta terça-feira a Lei 1.244/2010 que obriga instituições públicas e privadas de ensino do país a ter uma biblioteca.
Toda escola terá um acervo de livros nas bibliotecas de pelo menos um título por aluno matriculado. Cabe à instituição adaptar o acervo conforme as necessidades, promovendo a divulgação, preservação e o funcionamento das bibliotecas escolares.
As escolas terão até dez anos para instalar os espaços destinados aos livros, material videográfico, documentos para consulta, pesquisa e leitura.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Transporte Público - Direito do Cidadão


No final de semana, aproveitei o Dia das Mães, e fui visitar minha cidade natal Taboão da Serra, município limite ao Sul da cidade de São Paulo, diva com o bairro Campo Limpo, onde nasci, cresci, me criei . Entre visitas aos “Pontos turísticos"- que em outra oportunidade abordarei - findou-se o descanso e rumei para casa em Tucuruvi, zona norte de Sampa, e pude desfrutar dos benefícios e sacrifícios do transporte público.

Cheguei ao Terminal Campo Limpo as 11h da segunda-feira, e perguntei ao fiscal de onde partia o coletivo para as Clínicas, e grande foi o meu espanto com a pronta resposta:
- Esse ônibus só circula até as 07:30, senhora!
Em outras palavras, o que um cidadão há de querer fazer em Pinheiros depois das 07;30 da manhã!!! Na maior Metrópole da América do Sul, que não dorme nunca!!! Resignada, embarquei no lotado e desconfortável Metrô Paraíso, decidida a saltar no ponto mais próximo do metrô.

Depois de quase uma hora de sacolejo, embarquei no Metrô Consolação, e pude entender o lema: Transporte Publico Direito do Cidadão.
Mesmo em horário de almoço, com uma grande circulação, os vagões lotados, e viajando de pé, ainda se encontra conforto, como ar condicionado, limpeza exemplar, e principalmente uma rapidez inquestionável. Direito do Cidadão.
Fiquei torcendo para que as obras da linha Amarela, que finda em Vila Sônia , ser concluída logo, para os moradores, sofridos com o transporte, e principalmente com a Engenharia de Trafego que planejou o Terminal Campo Limpo- alvo de diversas criticas já noticiada em toda imprensa desde sua inauguração.
Com a Chegada do metrô, a população de Campo Limpo e adjacências, vai saber o que é ser tratado com um pouco de dignidade.
Em tempo, agradeço minha amiga Isabel Cristina, que gentilmente me recebeu em sua casa e me serviu um Macarrão com Provolone, digno de inveja a Mama.

sábado, 8 de maio de 2010

O INÍCIO DE TUDO

Este é o verso que ganhei de meu filho,
quando tinha 3 anos. Ele me fez entender a
a verdadeira essência do Dia das Mães,
que perdura toda a sua vida.
"Mamãe?
E se eu não chegasse?
Já Pensou?
O beijo na face, quem daria?
Sem Risos, sem flores,
só silencio no ar...

O dia de hoje, que graça teria?
Mamãe, já pensou?
Eu tinha que vir
PRA TE AMAR! "
(anônimo)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Junto aos Imortais



Escritora Imortal Lygia Fagundes Telles homenageada na UBE


Ler sempre foi meu Hobby. Sonho realizado é estar no mesmo evento, que a escritora Lygia Fagundes Telles (representando a Academia Brasileira de Letras).
O evento aconteceu no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, na posse da nova diretoria da (UBE) União Brasileira de Escritores.
Na sala Vladmir Herzog, tive o prazer de conhecer Audálio Dantas, jornalista e escritor, presidente do Sindicato dos Jornalistas, na época do assassinato de Herzog pelo regime militar, e lendário militante pelos direitos da classe.
Também tive o privilegio de conhecer o Escritor, Jornalista e Advogado Djalma Allegro, que espero ter a oportunidade e o prazer de conversar um bocadinho mais...

Audalio Dantas, Djalma Allegro e David da Silva

Agradeço tambem a oportunidade de compartilhar esse momento inesquecivel ao meu grande amigo Jornalista David da Silva e ao meu companheiro de "copo e de cruz" Anderson Siqueira. Nesta mesma noite, um pouco distante de meu ofício, ouvi uma poesia, lida pelo Presidente Joaquim Maria Botelho, que me fez não só retomar a minha paixão, como modestamente ensaiar esse blog.
Reproduzo aqui a poesia de Ruth Guimarães, com os mais sinceros agradecimentos de ter cumprido seu papel, tocar a minha alma.







"Para quê e para quem escrevo?

Indago de mim mesma e encontro numerosas respostas, possivelmente nenhuma correta.

Para obter honra e glória? Para dizer tudo o que penso? Para me aproximar do semelhante? Para tentar derrubar o muro que separa um ser de outro ser?

Para aprender o sortilégio da vida, que, de outro modo, não alcanço?

Para justificar esta minha existência?

Para deixar impressos no mundo os traços da minha passagem?

Então, será para mim mesma que escrevo?

Ah! Eu conto histórias para quem nada exige, e para quem nada tem.

Para aqueles que conheço: os ingênuos, os pobres, os ignaros, sem erudição nem filosofias.

Sou um deles. Participo do seu mistério.

Essa é a única humanidade disponível para mim.

Quem me dera escrevesse com suficiente profundeza, mas claramente e simplesmente, para ser entendida pelos simples e ser o porta-voz dos seus anseios.

Meu temário são as acontecências sem eco no mundo, mas que ajudam a explicar a vida e seus segredos, que talvez possam conter a alma imortal de cada um, seja do rústico, seja do letrado, com suas virtudes essenciais.

Não realizo o alcance do meu clamor, como não reconheço, fora de mim, gravada, a minha própria voz.

Ela me parece feia, inexpressiva, não a reconheço, não é a que escuto com a garganta, minha, em mim, nas profundezas do ser.

Falta-me distância, falta-me perspectiva.

Depois que escrevo, passo a limpo.

Depois de pronto o texto, para ser publicado, dado à luz, não o perfilho mais.

Fora de mim, não tem já aquela quente singularidade do instante em que eu o concebia e gestava, em paixão e silêncio.

Não significa sequer o quanto vivo a vida, nem quanto a amo.

Escreverei, hoje, para hoje? Que é quanto dura uma crônica de jornal? Para amanhã?

Para daqui a um ano? Para daqui a uma década, que é quanto dura – quem sabe? –um livro? Não sei. Realmente não sei.

Continuo tecendo o meu casulo.

Em meus textos, onde estou?

Do que dou testemunho, certamente, é que eu estava mesmo aqui, enquanto os escrevia."


Ruth Guimarães